O jogo

Não gosto do que é fácil, do que é simples, do que é falso. Gosto do que eu luto pra conseguir, do que demoro pra conquistar, do que a princípio me parece impossível, pois o gosto da vitória e o poder de esfregar na cara de todos que se opuseram a mim é inexplicável. Eu gosto disso, de ser superior a quem me odeia, de ter o poder de mexer com a cabeça dos meus inimigos, de persuadi-los e manipulá-los sem que percebam. Gosto de fazê-los  pensar que têm alguma chance quando na verdade sou eu quem decido o final. Esse é o meu jogo. Não gosto de baixar a cabeça diante das dificuldades, pra falar a verdade eu tenho vontade de rir quando alguém tenta me atrapalhar, de ver como esse alguém é ingênuo aponto de achar que eu vou me abalar. Não preciso de mentiras pra derrubar ninguém, pois sei que as verdades são de fato a melhor arma que tenho. Divirto-me quando domino a situação, mas prefiro quando tenho que conquistar, lutar, mostrar que eu consigo. Não se iluda achando que vai me abater, pois eu posso até cair, mas nunca ficarei no chão. Gosto de analisar, observar e prever os passos de quem me odeia, por que o melhor jogador é aquele que está sempre um passo a frente. Não vou me abalar com suas críticas, não tenho nada pra esconder e não preciso tentar agradar ninguém, quem gosta de mim gosta pelo que eu sou, então, não vou mudar por que não agrado um ou outro, se não gosta paciência.

Lucas Accioly